MÚSICA E A CIDADE, POR @MATIZBARSP

Palco da festa de relançamento do Inner Circle, o Matiz Bar, localizado na República, tornou-se um dos bares de audição mais reverenciados da noite paulistana.

 

Em uma cidade vibrante e diversificada como São Paulo, a cena musical desempenha um papel importante em refletir a alma eclética da capital. No coração dessa efervescência cultural, encontramos o Matiz, um dos bares de audição mais aclamados da cidade. À frente do espaço estão Lucas Góngora, Yuri Mendonça e Matheus Castro, três produtores culturais com histórias e trajetórias tão diversas quanto a própria São Paulo.

Conversamos com o trio sobre música, o Matiz, e, porque não, a cidade. 

 

“O Matiz surgiu de um desejo latente de promover sempre a melhor experiência para os amigos, um espaço de acolhimento e descoberta musical.”

 
 

DJ Mirands tocando no Matiz, na festa de relançamento do Inner Circle.

Podem nos contar um pouco sobre vocês e como começaram esse relacionamento sério com a música e a cena cultural de São Paulo?

Acho que todos tivemos um contato bem cedo com a música, o que inevitavelmente fez com que a gente se cruzasse em São Paulo. Eu sou do interior de SP, Yuri veio de Recife 6 anos atrás pra trabalhar com os grandes coletivos da cidade e o Lucas veio em 2017 e logo se inseriu na cena “underground” da cidade.

Matheus Castro

Qual foi o momento decisivo na carreira dos dois que levou vocês a abrir o Matiz? 

O Matiz surgiu dos inúmeros encontros que aconteciam na minha casa, um desejo latente de promover sempre a melhor experiência para os meus amigos, um espaço de acolhimento e descoberta musical. Com a pandemia esses encontros ficaram restritos e raros, foi a partir desse momento que a ideia floresceu.

Quando as coisas começaram a voltar ao normal (pós-pandemia), senti que não queria ir para festas maiores e lembrava o bom que se sentia estar com os mais chegados numa sala de uma casa escutando o som que a gente realmente curte. Foi aí que um dia nasceu o Matiz, sempre pensando no conforto, qualidade de som e escutar a música que a gente gosta num lugar onde se reúnem os amigos.

Yuri Mendonça e Lucas Góngora

Quais são alguns dos seus lugares favoritos em São Paulo para descobrir novos artistas e absorver a cena musical?

São Paulo é bem rica e você pode encontrar coisa boa em lugares como a Casa de Francisca, Caracol e as festas independentes, mas posso falar por nós três que, no momento, o nosso lugar favorito é o Matiz. É aqui que você vai ouvir um mesmo artista tocando de um jeito que você não vê todo dia.

Matheus Castro

 

Como a cidade de São Paulo influencia a curadoria musical do Matiz?

Influencia por ser o lugar onde os grandes artistas escolheram morar, a casa dos grandes artistas brasileiros é São Paulo, assim como Berlim é para os artistas de Techno, NY para a cena de House…. Os grandes artistas brasileiros moram em São Paulo por se tratar de uma cidade 100% noturna e que consegue promover lugares para que as pessoas se apresentem, e que recebe grandes eventos internacionais. 

Yuri Mendonça

Além do Matiz, que outros espaços culturais de São Paulo vocês acham que são essenciais para alguém que quer entender a cena musical da cidade?
O SESC fomenta a cultura de uma maneira muito única. Outros lugares bons são Casa de Francisca, Caracol, Domo, Balsa… Para entender a cena da música eletrônica, tem que ir nas festas independentes.

Matheus Castro e Yuri Mendonça

Quais são os artistas ou bandas locais que vocês acreditam que todos deveriam conhecer? 

Dj Marky, DJ Nyack, DJ Lys Ventura, Vermelho e o projeto Vermelho Wonder com a Ivana Wonder. Rotação Brasil, Cashu (fundadora da Mamba Negra), Millos Kaiser (fundador do Caracol), Omoloko e tantos outros que fica difícil a gente citar.

Matheus Castro, Lucas Góngora e Yuri Mendonça

“Os grandes artistas brasileiros moram em São Paulo por se tratar de uma cidade 100% noturna e que consegue promover lugares para que as pessoas se apresentem, e que recebe grandes eventos internacionais.”


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