Nos Bastidores com o DJ Carlos do Complexo
Carlos do Complexo é um produtor e artista do Rio de Janeiro. Desde 2015, ajuda a definir a estética do trap/funk brasileiro, criando uma música que mistura sensibilidade, força e experimentação.
Seus trabalhos transitam entre o underground e o mainstream, explorando temas como espiritualidade, tecnologia e resistência, e incluem colaborações com artistas como Sango, BK e Duda Beat. Com projetos como Shani, Torus e NTGMX, Carlos reafirma seu compromisso com uma arte que liberta, representa e imagina outros mundos possíveis.
Como começou sua história com a música e o universo clubber?
Entre 2014 e 2015, quando comecei a lançar minhas músicas oficialmente. Eu não conhecia muita gente, então tiveram pessoas importantes na minha vida que me apresentaram ao mundo Clubber. Eu frequentava clubs na Lapa e em Copacabana, no Rio de Janeiro, e isso foi essencial para eu conhecer mais pessoas e consequentemente tocar nos eventos.
Você já tocou em vários países, certo? Qual foi o set que mais te marcou dentro e fora do Brasil?
Na europa eu toquei duas vezes em Berlim e as duas foram surreais. Aqui no Brasil, toquei em um evento em Fortaleza bem no dia do meu aniversário, sem sombra de dúvidas foi um dos mais especiais pra mim.
Como é a sensação de chegar em uma cidade nova, preparar o repertório e se conectar com uma pista cheia de desconhecidos?
Pra mim é muito louco imaginar que existem pessoas que sabem quem sou eu, mas não necessariamente eu conheço elas. Mas em todo lugar que toco, faço uma pesquisa quase que estratégica de como eu gostaria de conquistar essas pessoas que estão na pista. Isso me dá um norte de como irei guiar meu set.
Por que você acha que a música tem esse poder tão imediato de unir gente tão diferente em um mesmo lugar?
Por mais diferentes que as pessoas sejam uma das outras, a música consegue conquistar elas em algum lugar. A cena clubber hoje é bem abrangente e eu acredito que as pessoas não se prendem a somente qual gênero toca na festa e sim o que as pessoas que estão tocando significa para elas.
Para você, qual o papel dos interesses em comum (música, arte, viagens) na hora de criar conexão com novas pessoas?
Eu adoro as diferenças de opiniões e interesses, por diversa vezes alguém te tira da zona de conforto e você tem experiências que jamais teria antes, mas de fato, alguém que tenha um gosto parecido com o seu é maravilhoso para colecionar momentos incríveis fazendo algo que as duas pessoas amam.
Para você, qual o papel dos interesses em comum (música, arte, viagens) na hora de criar conexão com novas pessoas?
Eu adoro as diferenças de opiniões e interesses, por diversa vezes alguém te tira da zona de conforto e você tem experiências que jamais teria antes, mas de fato, alguém que tenha um gosto parecido com o seu é maravilhoso para colecionar momentos incríveis fazendo algo que as duas pessoas amam.
Um lugar que você sonha em tocar?
Tem dois lugares que eu amo, MoMA em Nova York e Sydney Opera House. São dois lugares que gostaria de tocar um dia.
Se tivesse que escolher somente uma música para tocar em looping no seu dia, qual seria?
Difícil escolher só uma, mas acho que escolheria “Mashita” do Mansur Brown.
Para quem está começando a explorar o mundo através da música, que conselho você daria?
Conecte-se com pessoas que vão te introduzir à cena, de preferência que essas pessoas te inspirem a criar. E estude seu foco, entenda seu público. Não é uma regra, são apenas conselhos que irão ajudar na jornada (nada fácil) de se fazer música.